14 janeiro 2010

nos distanciamos por muitos motivos, por angústia, talvez. também por coisas que não conseguimos, na época, dar nomes, por excesso de amor ( perdoe os excessos ), pelas escolhas tão distintas, ou pela falta de coragem mesmo. mas hoje lembrei de ti com tanto carinho, da tua vida tão tua, das tuas não-músicas, tuas dancinhas engraçadas e também das nossas milhões de noites baseadas em vodca barata, em que te confessava amores passados e chorava no teu ombro enquanto você me dizia que a vida era assim mesmo e que era melhor chorar agora do que depois pensar naquela expressão que teimo em usar até hoje: e se.
e se você nunca tivesse me encontrado, e se nossos amigos tivessem continuado iguais, e se não tivéssemos começado a usar drogas, e se eu não sentisse saudade, e se não tivéssemos deixado nada fugir, e se eu tentasse mais, se você não fosse tão racional e eu não chorasse tanto, e se eu tivesse encontrado o amor da minha vida antes de tudo virar quase nada, e se eu parasse de fumar, se eu te ligasse pedindo salvação. e se.
apesar da pieguisse e dos trejeitos, vivemos nossa melhor fase. os amigos são profundos e trazem diariamente a felicidade que havíamos desistido de achar. os bares estão quase sempre cheios de nós, e rimos alto sempre que lembramos de dias comuns de anos atrás, passeios bairrísticos, pais de amigos, a casa tão querida dos amigos. sou minha prória testemunha do amor que tenho. a tristeza, meu querido, sempre vai embora em dias assim.

Um comentário:

Renata disse...

amor. acho que a palavra já é o suficiente. Muitas coisas podem me superar, ou te superar. Juntas, nada nos supera.