18 fevereiro 2010
que burrice a minha, escolher amar e ir embora. eu, que assim também escolhi o medo e a saudade. que vontade honesta de pedir por favor não me deixe ir assim, falta tão pouco tempo e eu estou com medo, meu querido, eu estou com medo demais desse ponto final real que de repente surgiu em minha vida, que não é mais a sua vida, eu sei. uma única escolha minha e tenho que encarar esse destino quase cego , onde você não existe, onde são paulo não existe, os bares diariamente cheios de nós não existem. nesse destino estranho sequer Ela existe , que até então havia me protegido de forma irracional. e sinto que tudo que me resta agora é essa vontade imensa de permanecer aqui, onde o tempo não passa e eu continuo sempre nessa madrugada quente de verão em que você me cede o ombro direito, onde estou eternamente confortável.
10 fevereiro 2010
te escrevo agora- e é certo que essa atitude tem a ver com a solidão que sinto agora - mas, mais que isso, é todo um processo de amadurecimento. porque sei que sentirei falta da tua presença nessa mesma cidade em que vivemos por tanto tempo, e tenho que enfrentar isso. a paisagem de são paulo, é, certamente, uma forma de encarar você de frente, sem precisar ver tua figura. mas que agora , depois de tanto tempo, começa a mostrar-se mais nebulosa e vez ou outra forço-me a lembrar do teu sorriso e dos teus trejeitos, para não deixar tudo escapar assim, sem mais nem menos. your hand in mine - explosions in the sky. apesar da solidão - vou-me ajeitando, vou-me adequando a essa sensação estranha de partir, my last days as children.
03 fevereiro 2010
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